Um dos paradigmas mais comuns na formação contínua é o seguinte: “O formador expõe e os formandos ouvem”. Este modelo ainda domina a maioria dos programas de formação em organizações, escolas e universidades, apesar da vasta informação e investigação disponíveis sobre o tema.
Porquê manter este modelo?
Algumas razões possíveis:
- Os formandos esperam este formato, pois é o que conhecem desde a infância.
- É o método tradicional de instrução em empresas e instituições educativas há décadas.
- Os formadores foram treinados para apresentar conteúdos de forma verbal e expositiva.
- Este método dá mais controlo aos formadores, que preferem conduzir o processo do que tornar os formandos ativos.
- Os formadores são vistos como especialistas e presumem que os formandos sabem pouco, reforçando o formato unidirecional.
Mas este paradigma está errado
O modo como o ser humano aprende não corresponde a este modelo passivo. O formato tradicional serve para:
- Facilitar a entrega de conteúdo — o formador fala quase o tempo todo;
- Tornar a avaliação mais simples — os formandos só precisam memorizar a informação transmitida;
- Reduzir custos — menos recursos e espaço necessários para formar.
Temos e devemos pensar em mudar o paradigma de formação centrada no formador e conteúdo para a formação centrada no formando. Não estamos apenas a falar do envolvimento dos formandos, mas de práticas de aprendizagem ativa que mostram como é possível transformar até conteúdos áridos, técnicos ou complexos em experiências mais envolventes e eficazes.
É hora de mudar
Devemos migrar do paradigma centrado no formador e no conteúdo para um foco no formando. Isso significa:
- Envolver os formandos desde o início do processo.
- Reduzir o tempo de exposição e aumentar o tempo dedicado à aprendizagem ativa;
- Apostar em atividades colaborativas, simples e estruturadas;
- Aplicar descobertas da neurociência que mostram que alunos aprendem melhor ensinando uns aos outros – BPS
- Colocar os formandos no centro da aprendizagem durante toda a formação;.
- Observar maior retenção por meio da participação ativa;
- Projetar formações mais rápidas, eficazes e dinâmicas;
- Usar métodos variados para aumentar interesse, envolvimento e motivação
- Tornar a formação um processo estimulante para todos;
Com as necessidades sentidas, desenvolvo um plano de formação e aprendizagem — pensado para transformar e envolver.
Conclusão
Adotar este novo paradigma abre um universo de possibilidades para formadores e formandos. Em vez de uma abordagem tradicional, centrada no conteúdo e no formador, a formação será pensada para colocar o formando no centro do processo, tornando a aprendizagem mais eficaz, significativa e envolvente.
Aldina Costa
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