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Comunicar melhor com autoconsciência e empatia

A linguagem como espelho

A linguagem diária que usamos é um registo de quem somos, do que estamos a sentir e a pensar. É exclusivamente acerca de nós.

Se pararmos e ouvirmos, o que escutamos na nossa mensagem é transmissão das nossas opiniões, pensamentos e sentimentos. São as nossas crenças.  Tratam-se dos nossos julgamentos, perceções, perspetivas e são também os nossos viés.

A nossa mensagem transmite pensamentos, sentimentos e crenças. É o reflexo da nossa linguagem interior — e comunicar com consciência e empatia é reconhecer isso.

Um exemplo disso está na Comunicação Não-Violenta (CNV), abordagem desenvolvida por Marshall Rosenberg, que mostra como a forma de nos expressarmos reflete necessidades internas e pode transformar relações.

Primeira chave: assume a tua linguagem

A primeira chave na comunicação quotidiana é lembrar-te disso e assumir a responsabilidade pela tua linguagem, pelas palavras que usas nas tuas mensagens, aumentando dessa forma a tua autoconsciência.

Não te atrevas a dizer a alguém, que ele não entende o que estás a dizer! Assume a esse encargo!

Segunda chave: a mensagem é sobre o emissor

A segunda chave na comunicação diária é lembrar-te que todas as mensagens que recebes vêm de um emissor. Não tens de absorver e sentir pessoalmente a emoção da mensagem, qualquer que seja a origem.  

O que o emissor diz é o reflexo das crenças dele, das perceções dele, ou dos seus próprios viés.

Aqui entra a empatia: a capacidade de compreender o que o outro expressa sem o confundir com quem somos. Este artigo da Verywell Mind explica de forma simples como funciona a empatia, os diferentes tipos e porque é essencial na comunicação

Distância emocional e clareza

Se seguires estas duas posições, não ficarás sensibilizado ou magoado pela mensagem de ninguém, pois ela não é sobre ti. 

Em vez disso vais conseguir distanciar-te o suficiente para veres a pessoa que está por detrás da mensagem e perceberes qual é a verdadeira intenção.

Se sentes que a mensagem vem num tom agressivo, confirma com o emissor para te certificares do que ele está a sentir ou a dizer. Não admite suposições. Certifique-te do verdadeiro significado.

Uma prática simples é aplicar técnicas de escuta ativa, que ajudam a confirmar o verdadeiro significado da mensagem e a evitar mal-entendidos.

Comunicação consciente é sobre estados de espírito

Ser um bom comunicador é reconhecer que quando uma pessoa se expressa -oralmente ou por escrito – a mensagem é o reflexo do estado de espírito dessa pessoa. É sobre ela.

Por outro lado,  também é reconhecer que a tua resposta a uma mensagem é o reflexo do teu estado de espírito e como te sentes. É sobre ti.

Ouvirmo-nos e respeitarmo-nos

Devemos ouvir-nos e respeitar-nos mutuamente. E, se necessário, clarificar, para termos a certeza de que estamos a entender e a ser entendidos.

Aldina Costa

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